EJACULAÇÃO PRECOCE
- Jorge Lima
- 28 de mar. de 2020
- 7 min de leitura
Como resolver e voltar a ter qualidade de vida

Você sabia que a Ejaculação Precoce (EP) é uma das formas mais comuns de disfunções sexuais entre homens de diferentes idades? Claro que não! E é esse desconhecimento, fruto dos tabus que idiotamente perpetuamos em relação ao sexo, uma das causas que levam muitos homens a sofrerem durante anos com esse problemão. Acredita-se que 20 a 30% dos homens percebam-se com algum grau de EP, portanto, a possibilidade de que 2 ou 3 indivíduos em cada 10 amigos seus sofram, em algum nível, dessa disfunção! O problema ocorre em maior número em homens da faixa etária entre 18 e 25 anos. Grupos com mais idade, obviamente com mais experiências sexuais, se encontram em faixas menos expressivas dos índices estatísticos. Na maioria das vezes, quando o jovem supera a timidez e os receios infundados durante a prática sexual, a EP desaparece. Por outro lado, o problema pode se manifestar em qualquer idade em homens que sempre estiveram satisfeitos com o tempo de suas ejaculações.
E você sabia que se essa disfunção não for tratada, encarada sem vergonha, pode evoluir para uma disfunção erétil (impotência sexual), levar o homem a evitar qualquer intimidade sexual e até mesmo levá-lo a atitudes antissociais ou mesmo ao completo afastamento social? Pois é! Uma boa parcela daqueles que apresentam a EP se encaixam em pelo menos um desses transtornos!
Caros amigos: precisamos aceitar que nascemos para sermos plenos! E que tudo o que nos impede disso tem que ser estudado, entendido, tratado e resolvido. Então, vamos lá: você sabe caracterizar o evento da EP?
Ejaculação Precoce: o que vem a ser isso, afinal?
Quando a ejaculação ocorre antes, imediatamente ou logo após a penetração, sem que o homem tenha controle sobre o fato, gerando preocupação, angústia, frustração, ou outros distúrbios, é entendida como precoce. Pode ocorrer com pouco estímulo ou por excesso dele. Há diversos trabalhos científicos que relatam tempos em minutos/quantidade de movimentos de penetração para caracterizar se a ejaculação é precoce. Preferimos abordar aqui o consenso mais amplo entre os especialistas: “O conceito mais aceito é o de que a EP está ligada à incapacidade recorrente de o homem exercer controle sobre a percepção da fase anterior ao seu reflexo ejaculatório”, disse o Dr. João Manzano em entrevista ao pessoal do Papo de Homem.”[1]
A principal percepção da EP surge a partir da insatisfação da(o) parceira(o) sexual. Pode se apresentar numa determinada situação, vez por outra ou permanentemente. Quando o homem não consegue satisfazer a parceira em pelo menos 50% das relações, mesmo que não tenha problemas de ereção, está caracterizada a disfunção. É claro que muitas das vezes o descontentamento do homem é um fato, mesmo sem queixas da parceira. A forma mais grave de EP diz respeito a homens que ejaculam antes da penetração vaginal.
Por que ocorre a EP?
“Os adeptos de Darwin (evolucionista inglês que propôs a teoria da seleção natural -1859) explicam que a EP seria uma forma antiga de defesa contra predadores. Imaginem os primórdios da humanidade, onde havia centenas de perigos, sendo o “animal-ser-humano” muito frágil e pequeno frente aos riscos de seu meio ambiente! Aqueles indivíduos que demorassem muito para ejacular nas suas parceiras estariam muito mais predispostos a deixar seu flanco aberto às agressões de inimigos e animais selvagens. O ejaculador precoce tinha mais vantagens em terminar logo a inseminação e fugir, deixando também a “fêmea” escapar, para poder inseminar o maior número delas em menor tempo. Desta forma estaria aumentando a probabilidade de propagação de seus genes.”[2]

Na realidade, a EP é pesquisada como uma síndrome, porque na maioria das vezes pode ter suas origens em causas biológicas e psicológicas, simultaneamente. Em verdade, a ciência não apresenta uma única causa comprovada para o problema.
Além da explicação Darwiniana, outras possíveis causas para o evento da EP podem ser:
Ansiedade de desempenho sexual;
Hipersensibilidade da glande do pênis;
Níveis hormonais alterados;
Baixo fluxo sanguíneo na região do pênis (problemas cardiocirculatórios);
Doenças neurológicas ou danos ao sistema nervoso decorrentes de lesões ou cirurgias;
Doenças inflamatórias na próstata ou uretra;
Uso de medicamentos, principalmente alguns psicotrópicos.
Tratamentos diversos
Antes de apresentar individualmente cada tratamento é preciso lembrar que, na maioria das vezes, mais de um fator é responsável pelo evento!
Por ser o comportamento com ansiedade do homem no momento sexual a principal causa identificada nos processos de EP, tratar esse comportamento é o primeiro passo a ser dado. Diversas formas podem ser abordadas para se vencê-lo. Desde tratamentos naturais, tais como a experiência de homens que venceram o problema ou exercícios ou técnicas específicas, a psicoterapia tradicional ou a comportamental ou, com o uso de medicação.

Os ansiolíticos e os antidepressivos, que envolvem muitos efeitos colaterais, encabeçam a lista dos remédios indicados. Cada caso é um caso. Talvez a associação de todos esses tratamentos possa ser recomendada para um determinado indivíduo. Esse comportamento de ansiedade perturbadora no momento do sexo pode ser fruto do medo, da inexperiência sexual, de uma primeira transa que foi estimulada em demasia para ser rápida, de abuso ou trauma sexual durante a infância, da culpa ou conflitos em relação ao outro, da diminuição de intensidade ou inexistência da prática da intimidade pelo casal (dificuldade para externar desejos e sensações físicas ou emocionais; tabus na prática sexual), da baixa autoestima com relação a imagem que se tem do corpo e da depressão, principalmente.
A Hipersensibilidade na glande do pênis é a segunda mais importante causa da EP. Pode ser controlada com cautela pelo uso tópico de medicamentos a base de géis ou cremes que diminuem a sensibilidade na área. É preciso cuidado na utilização desses medicamentos, pois, podem causar dormência do pênis e da vagina, detonando o prazer da relação sexual.

O uso de camisinha que apresente em sua composição substâncias que reduzem a sensibilidade também é comumente utilizado, com pouco risco de a vagina ser insensibilizada. De qualquer forma, no uso de preservativos o pênis está protegido, reduzindo os estímulos por contato.
A prática de deixar a glande exposta ao gotejamento do chuveiro, massageá-la, dormir nu, o uso de esponja na hora do banho e deixá-la roçar na cueca com o prepúcio arregaçado (aí depende do grau de toque que você tolera), aos poucos, pode fazer diminuir a sua sensibilidade.
Há casos onde a cirurgia de fimose ameniza bastante o problema.
Devido a muitas discordâncias entre especialistas, nos abstivemos de tecer comentários sobre o procedimento cirúrgico conhecido como Neurotomia Peniana Seletiva (trata-se de uma pequena cirurgia que corta alguns nervos do pênis com o intuito de diminuir a sensibilidade peniana). Citamos apenas para que você saiba que existe.

No homem, a falta de desejo sexual se deve à redução da produção de testosterona. Se por algum motivo a libido se encontra baixa, é natural que o homem se apresse na relação sexual, visando o prazer (dele ou da parceira) antes que o seu tesão se esvaia totalmente. Isso pode dar origem a ejaculação prematura. Na disfunção erétil pode ocorrer a mesma situação. Caso confirmada a baixa hormonal, a reposição dos níveis de testosterona (com acompanhamento médico) poderá resolver o problema. Distúrbios da tireoide, cujos hormônios são responsáveis pelo humor, também podem indicar a reposição desses. Os níveis de serotonina, dopamina e oxitocina, além de outros neurotransmissores, têm sido estudados como importantes para os processos que regulam a ejaculação. A regulação dos níveis hormonais por métodos naturais (reeducação alimentar e comportamental, como exemplos) também é possível e, tem o benefício da carência de efeitos colaterais, comuns na correção medicamentosa tradicional.
A falta de circulação nas artérias cavernosas (artérias responsáveis por aumentar o fluxo sanguíneo para os espaços lacunares do pênis, enriquecendo-o) dificulta manter ou alcançar uma ereção. Como resposta, o organismo pode acelera os processos fisiológicos envolvidos na transa e, ocasionar a EP. Problemas cardíacos e circulatórios em geral podem estar associados à falta de circulação nas artérias cavernosas. A obstrução das artérias cavernosas como consequência da arteriosclerose e níveis altos de colesterol é um exemplo. O avançar da idade também pode ser citado. Os tratamentos variam de fisioterapia químio-induzida da circulação arterial peniana, usando um medicamento que mantenha 24 horas por dia um melhor fluxo sanguíneo dentro destas artérias ou, até mesmo, a desejável reeducação alimentar e comportamental, que pode livrar o organismo do lixo que se acumula no sistema circulatório.
Doenças ou lesões neurológicas, assim como os processos inflamatórios na próstata ou uretra, requerem diagnóstico e tratamento por médicos especialistas.
Técnicas usadas para remediar o problema
Há algumas estratégias que médicos e psicoterapeutas indicam para atenuar o problema de EP.
Distração - É aquela que o bom parceiro utiliza quando sabe que a gatinha precisa de mais tempo para atingir o orgasmo. Pensa naquele pôr do sol inesquecível com a galera! Quando perceber que a barraca está sendo recolhida, volte sua atenção para o que estava fazendo bem: armando a jogada pro gol de placa! Detalhe importante: Não pense em coisas como sogra, cunhado ou chefe! Você pode vir a perder toda a partida no último segundo.

Aperto ou parada para o enforcamento - Quando sentir que o mingau vai escorrer da panela, tira do fogo! Isto é: dê uma gravata no pobre! Mantenha-o enforcado pelos seus dedos bem na junção do cabeção com o pescoço. Conte até 30 segundos e libere o cara. Faça isso até achar que chegou o momento para estourar o champanhe de comemoração.

Puxa-saco: É isso mesmo que você entendeu! Quando você está chegando lá (no orgasmo; pra ficar claro!) seu escroto sobe mais para perto de seu corpo. Puxando suavemente os testículos para baixo e para longe do seu corpo, você pode retardar a ejaculação.
Stop-start, parar e começar ou dar uns tempinhos: Quando tiver quase lá... pare com toda a excitação! É assim mesmo: de estalo, abruptamente. Tipo: peraí, minha deusa! Espere uns 30 segundos e recomece a partida. Faça outras paradas até achar que chegou a hora. Esse método, penso eu, tem que ser combinado com a parceira. Senão... Sei não...!!!
Minimizar ou dar uma volta no problema também pode ser ir de marcha lenta, diminuindo os seus movimentos. Quando você perceber que está perto do orgasmo, mude para uma nova posição (escolher posições passivas ou de ladinho, ajuda) ou estimule a sua parceira de outras maneiras. Abusar das preliminares: estimulando a sua parceira manualmente, oralmente ou com brinquedinhos (frutas são incríveis!), sendo cuidadoso e generoso. Afinal de contas, é raríssimo o casal chegar ao orgasmo simultaneamente.
Mas, se a sua ejaculação precoce for aquela onde não há o mínimo de controle sobre a percepção da fase anterior ao seu reflexo ejaculatório, não se desespere mais! Aqui você viu que existem mil maneiras para resolver ou minimizar bastante a situação e, até mesmo, dar a volta por cima e se tornar o Superman da parada!
Afinal, a felicidade não tem preço; não é mesmo?!

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