A saúde através da internet das coisas
- Jorge Lima
- 27 de fev. de 2018
- 3 min de leitura

Você vai ao banheiro, usa o vaso sanitário e, nesse simples ato, descobre que há a possibilidade de desenvolver um câncer daqui a dez anos. Também fica sabendo que seu colesterol aumentou e que seu fígado apresenta uma disfunção. Como? Através de um chip instalado em seu vaso sanitário! Aguarde. Logo você terá um desse em seu banheiro!
O exemplo acima ilustra bem o futuro no avanço da Internet das Coisas.
A Internet das Coisas (do inglês Internet of Things ou IoT) é uma rede de objetos físicos, que possuem um sistema que permanece integrado a um microprocessador (Chip) e sensores, capazes de coletar e transmitir dados em conexão com a rede da internet.
A tecnologia portátil já pode monitorar boa parte da sua saúde através do exponencial desenvolvimento de aplicativos e de ferramentas usados para esse fim. Muitos médicos e centros de saúde começam a utilizar aplicativos móveis conectados a diversos dispositivos que coletam e relacionam dados sobre o corpo do paciente.
Como o paciente é monitorado em tempo real e por longos períodos, a prevenção e o diagnóstico de doenças são mais precisos e, facilitam a identificação de padrões de risco. Sem falar na economia de tempo; já que a avaliação médica é feita durante as atividades diárias do indivíduo.
E o usuário de uma pulseira rastreadora é mais facilmente localizado quando vítima de sintomas mecânicos ou neurológicos incapacitantes de sua doença.
E tem mais: a interação entre muitos aplicativos e tecnologias portáteis já aconselham as pessoas sobre seus problemas de saúde, também em tempo real.
A computação em nuvem aliada aos dispositivos eletrônicos de pequeno porte tornam a colaboração e troca de ideias entre médicos especialistas são fatores decisivos na melhor avaliação e tratamento individualizado mais eficaz do paciente.
As cirurgias robóticas à distância também se tornam uma realidade cada vez mais corriqueira!

Com relação aos cegos, a Microsoft, por exemplo, desenvolve diversos projetos visando usar visão computacional e processamento de linguagem natural para descrever o ambiente onde o cego se encontra, ler textos, responder perguntas e identificar emoções nos rostos das pessoas. “Seeing AI”, um dos projetos, pode ser usado como um aplicativo de celular ou através de óculos inteligentes de altíssima tecnologia que capturam e transmitem imagens e sons em HD. Tudo em tempo real!
Também da Microsoft, o “CaptionBot” é um site de demonstração que pode capturar qualquer imagem de um endereço da internet e fornecer uma descrição detalhada sobre ela. Veja um exemplo:

Descrição do site: “Eu acho que é um homem voando pelo ar ao andar de skate”
Redes neurais muito profundas (tecnologia que promove a aprendizagem de máquinas através de processos semelhantes às ações biológicas do cérebro humano), processamento de linguagem e os projetos citados acima desenham um dos mais novos avanços neste tipo de tecnologia. O desafio agora é fazer a máquina superar a descrição literal e, possibilitá-la descrever uma cena como o faria um humano no dia a dia. Para além disso, reconhecer rostos e distinguir vozes. Chegaremos lá em breve!
No futuro, a paralisia cerebral ou a esclerose lateral não impedirá seus portadores “manipularem” um computador através apenas do seu pensamento.
Sensores implantados no corpo transmitirão ao computador do seu médico ou serviço de assistência ambulatorial, em tempo real, as mais variadas oscilações na funcionalidade de órgãos, moléculas, substâncias e/ou seus metabólitos (são produtos das transformações de uma determinada molécula ou substância).
Imagine que, no momento em que um agente de saúde, bombeiro ou policial visualizar um acidentado ou um indivíduo que tenha mal súbito possa ter acesso a todo histórico médico pessoal do sujeito (tipo sanguíneo, doenças pré-existentes... e as probabilidades para desenvolver essa ou aquela doença) e as mais variadas oscilações na funcionalidade de órgãos, moléculas, substâncias e/ou seus metabólitos (níveis de açúcar, colesterol, batimento cardíaco, função pulmonar, vestígios bioquímicos de hemorragias...)!
Um ataque epilético ou outra disfunção do sistema nervoso poderá ser identificado na hora pelo médico e, esse terá a possibilidade de acionar um dispositivo subcutâneo contendo a medicação necessária para frear ou minimizar o transtorno sofrido pela pessoa. O mesmo mecanismo poderá ser usado em caso de forte estresse pontual.
Carros, relógios e celulares também monitorarão nossa saúde e avisarão a nós e aos profissionais e instituições de saúde sobre a nossa situação orgânica.

Enfim, a internet das coisas - a IoT - já iniciou uma nova e espetacular era para o restabelecimento e a manutenção da nossa saúde!
Aguarde!
Coisas inimagináveis esperam por você num bit, logo após a esquina!
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